Olá meus queridos leitores!

Todo mundo sempre fica muito surpreso como o João come bem e de tudo, por isso resolvi relatar a minha experiência com a introdução alimentar e como atuo até hoje.

Introdução alimentar

Voltando no tempo um pouco, pois atualmente o João está com 2 anos, eu comecei a introdução alimentar dele com 6 meses, conforme indicado pela pediatra.

Foi um processo bem lento para ele começar a entender o que estava acontecendo. Por isso que o nome é introdução, a criança não vai sair do dia para a noite comendo de tudo até raspar o prato. Ter paciência e calma nessa fase é primordial.

Primeiro introduzi frutas amassadinhas com o garfo 2 vezes por dia, lembrando que ele ainda mamava no peito, então não se preocupe o melhor alimento continuava sendo dado por mim.

Sempre variei bastante as frutas para que ele pudesse experimentar todas (maça, pêra, banana, mamão, abacate, caqui, melão, melancia, manga..) nessa fase só não dava as cítricas.

Depois de 1 mês apresentando as frutas passei a introduzir sopa de legumes batida no liquidificador com carne ou frango. A pediatra mandava coar na peneira, mas confesso que não coava #abafa. Outro detalhe é que nessa fase sempre amassava uma gema de ovo cozida e colocava por cima da sopa.

Então nesse período ficamos com a seguinte rotina:

  • 6h peito
  • 8h fruta
  • 11h sopa
  • 13h peito
  • 15h fruta
  • 17h sopa
  • 19h peito

Funcionava mais ou menos assim, óbvio que esses horários variavam de acordo com a soneca dele. A única rigidez que tenho é não oferecer lanchinhos fora dos horários de refeição. Se toda hora você der uma fruta, um biscoito, qualquer coisa que seja a criança não vai ter fome na hora da comida porque se encheu de snacks nos intervalos (isso vale para qualquer idade).

Após 15 dias (dei um tempo mais curto para mudar de fase) introduzi os alimentos inteiros. A proteína, carne, frango, peixe ou ovo eu cortava em pedaços bem pequenos.

Eu nunca usei um método específico de introdução alimentar como BLW etc, se ele queria comer com a mão deixava, também dava na boca com a colher e se ele queria comer com a colher sozinho também permita, o importante era ele comer.

Vamos nos libertar de pensamentos rígidos, onde só há uma única forma de fazer as coisas corretamente. O “correto” é que cada família encontre um jeito de comer com alegria, mesmo que esse jeito mude todo dia.

Aí você me pergunta: “Mas como meu filho aprenderá a comer com bons modos?” Aos poucos! Tudo na vida leva tempo e vai chegar, nessa fase o importante é ele aprender os sabores, a textura do alimento, aprender a comer saudável, não tenha pressa.

O que sempre tive em mente é que a hora da refeição não poderia ser um suplício, uma choradeira, ele não querer comer e eu forçar. Se ele não queria mais eu simplesmente respeitava e não dava. A criança sabe quanto é suficiente para ela, nós adultos é que comemos demais.

Nesse meio tiveram várias situações de dente nascendo ou um resfriadinho que fazia com que ele não comesse, então respeitava a dor e não forçava, ele comia quanto queria. Nunca ficou doente, anêmico ou desidratado.

O que quero dizer é que vejo muitas pessoas com essa obsessão em o filho ter que comer demais e por isso acabam apelando à técnicas nada ortodoxas para fazer com que a criança coma. Mães e pais isso não é necessário, deixa a criança comer o suficiente para ela. Se hoje são 3 colheres, então são 3 colheres.

A criança precisa ter prazer ao saborear o alimento, a refeição é um momento sagrado, não de conflito. Construir um ambiente de bem-estar, comunicação e crescimento na hora da refeição trará excelentes resultados.

Uma recaída e o conserto

Depois de todo esse processo, por volta dos 15 meses o João passou a ter o péssimo hábito de comer vendo desenho no celular (culpa minha e do pai, claro).

Vi que aquilo estava errado; primeiro porque ele não prestava atenção no que estava comendo e podia acabar comendo mais do que realmente era necessário; segundo porque não se conectava com a comida, com o presente, mas sim no que estava vendo na tela e por último pesquisei os vários impactos negativos no futuro como sedentarismo, não interação, rejeição pela hora do almoço etc.

A minha estratégia para tirar o celular das refeições foi comprar o livro dos desenhos que ele gostava de assitir. Nessa fase era o da Peppa, então comecei a contar a história da Peppa nas refeições, no começo ele apresentou resistência, mas depois de 3 dias já adorava e escolhia o livro que íamos ler na hora do jantar.

Depois de um tempo, ele voltou a se conectar e não precisa de mais nada para comer.

Confesso que nos finais de semana quando saímos para comer fora às vezes abro exceção e uso o celular, porque eu quero comer em paz e conversando com o André, mas que fique claro que não está certo. Só estou relatando para não passar a impressão que tudo é perfeiro aqui em casa, porque não é.

Se você quiser ler mais sobre introdução alimentar clique aqui e leia o texto da nossa nutricionista.

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Carol Nazar é criadora do Carol Nazar Babies, onde compartilha suas experiências sobre maternidade.

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