Já tem quase dois meses que terminei de desmamar o Joaquim e não vim aqui contar minha experiência! Imperdoável… kkkk

Vamos começar pelo começo! Eu amamentei o Joaquim em livre demanda porque na minha opinião não existe isso de marcar a hora que o bebê tem fome. Não existe cronômetro de 3h em 3h ou 4h em 4h. O bebê, principalmente até os 3 meses, chorou se aconchegou querendo peito, dê o peito! Com o tempo sim, a amamentação acaba se regulando porque o bebê vai crescendo. Geralmente com 4 meses ele mesmo entra numa rotina.

Quando chegou o momento da introdução alimentar ainda continuei amamentando bastante, até porque como o nome já diz é introdução, o bebê vai começar a aprender a comer. Com o tempo também fomos entrando numa rotina e basicamente o Joaquim mamava para dormir, de madrugada (1x), de manhã quando acordava e de tarde. Claro, que quando ele passava por alguma frustração durante o dia ele usava o peito para se acalmar.

Quando decidi começar o desmame, como tudo que é feito com bebês e crianças é um processo, não se faz do dia noite pra noite de forma abrupta, eu comecei tirando as mamadas durante o dia, essas das frustrações e da tarde. Ele tinha 14 meses. Conversava com ele que a mamãe ia abraça-lo, que eu estava ali para ajudá-lo, mas que ele já estava grandinho e não precisava mais durante o dia do leite da mamãe. Que a barriguinha dele estava cheia já, mas o meu colo estaria sempre disponível pra ele. Foi bem fácil esse processo. Ele parou de pedir eu parei de oferecer e assim encerrou.

No passo seguinte eu parei de dar o peito de madrugada. Quando ele acordava, o André, a ajuda do pai é essencial nesse momento, o fazia dormir de volta. Passamos alguns dias assim, tiveram protestos por parte do Joaquim, mas a conversa foi a mesma (antes de dormir e durante os protestos): papai e mamãe estão aqui com você, você está seguro, está tudo bem, pode voltar a dormir, você não precisa mais comer de madrugada, sua barriguinha está cheia, você está crescendo, e assim passamos por essa fase.

Por último, quando Joaquim estava com 1 ano e 5 meses eu também tirei o peito para fazê-lo dormir e a da manhã quando ele acordava. Aproveitei uma viagem que fiz sozinha com meu marido e quando retornei não ofereci mais. E assim encerrei o aleitamento materno.

Não sei se de fato existe desmame gentil, porque é muito ruim tirar algo do bebê, mas sou uma pessoa com desejos e vontades e para mim não estava mais satisfatório amamentar, por isso com muita segurança decidi tirar. Fiz da forma mais respeitosa possível, conversando, explicando o que ia fazer, dando apoio e consolando o choro dele.

Toda mudança gera frustração e protesto, mas não necessariamente gera trauma. Quando o bebê tem apoio, tem a segurança de passar por uma mudança com um apego seguro o processo fica mais fácil.

Foi bom, foi feliz mas esse ciclo quis encerrar. Foi uma escolha consciente, o fim de um momento importante entre mim e Joaquim, mas há inúmeras outras formas de conexão para ajudá-lo a adormecer. Esse recurso foi arquivado.

Me despedi dessa fase cheia de alegria no coração por ter cumprido minha missão da forma e no tempo que foi bom para nós dois. ♥️

O que fica é uma saudade gostosa do momento que era tão particular entre mãe e filho.

Hoje ele dorme com o pai ninando, não acorda de madrugada e dorme no quartinho dele. A única coisa é que ele passou a acordar muito cedo, tipo 5h30!!! Mas tudo bem, cada coisa no seu tempo.

Artigo anteriorNão se sacrifique pelos seus filhos
Próximo artigoFérias em Angra dos Reis
Carol Nazar é criadora do Carol Nazar Babies, onde compartilha suas experiências sobre maternidade.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui