Olá queridas leitoras,

Depois de quase 4 anos fora do mercado de trabalho eu estou de volta, e quero contar para vocês como foi esse reencontro.

Em 2018, como contei nesse post aqui, eu estava completamente mergulhada na minha maternidade e não via prazer nenhum na profissão que eu exercia. Era um sofrimento ir para a empresa que eu trabalhava e muitas vezes fugia para o banheiro chorar escondida.

O problema não era a empresa, o problema era eu! Eu estava passando por cima dos meus desejos e vontades para cumprir uma pressão social de que mulher do século XXI TEM QUE trabalhar fora de casa.

Até que tomei coragem e dei um basta naquilo tudo e fui me dedicar ao trabalho materno. João tinha quase 2 anos nessa época. Eu engravidei de novo, tive Joaquim em 2019, e fiquei nesse tempo me autoconhecendo para saber o que eu de fato queria.

Foram alguns anos elaborando, e sim sendo sustentada pelo marido, até eu me encontrar. Era maravilhoso me dedicar só aos meus filhos? Era, sem dúvida! Mas chegou um momento que eu queria me descobrir profissionalmente. Eu sabia o que não queria: ser advogada. Mas o que eu queria?

E nem sei como as coisas aconteceram de fato, só sei que um dia me inscrevi na pós-graduação da PUC de Neurociências e Comportamento Humano. Uauuu que delícia estudar aquilo tudo.

Quando terminei ainda hesitei em começar uma segunda graduação. Será que não estou velha pra isso? Será que vale a pena mesmo? É tanto tempo…

E contra todas as falas negativas da minha mente fui lá e me inscrevi! Comecei a cursar psicologia e realmente um caminho novo de muita luz se abriu na minha vida. Um propósito mesmo.

Em março desse ano veio a oportunidade de trabalhar no Núcleo de Apoio Psicopedagógico da própria universidade fazendo o acolhimento de alunos com vulnerabilidade emocional e escuta ativa. Além disso, a proposta de poder levar meu conhecimento em neurociências para os alunos em forma de palestras, workshops, oficinas para o desenvolvimento pessoal deles.

Trabalho meio período apenas e vou feliz sem o menor peso de estar “deixando meus filhos”. Eu sei que não estou os abandonando. Eles estão bem, na escola em período integral enquanto a mãe dele também vai ser feliz profissionalmente. Acho que esse é um ótimo exemplo que posso passar a eles: buscar fazer o que se gosta, ter um propósito e amor ao aprendizado.

Foram alguns anos nessa busca, porque mesmo eu só tendo largado o direito em 2018 eu já estava muito infeliz desde 2016, quando João nasceu e revolucionou a minha vida (para melhor). Ali eu vi que não adiantava mais eu ir mascarando os meus sentimentos em relação a minha profissão e fingir que estava tudo bem.

É muito bonito ver a força do universo de te colocar no caminho quando você confia nele. A gente precisa confiar, ter fé que as coisas vão dá certo, porque realmente elas dão. Lembra da passagem bíblica: “Tudo é possível àquele que tem fé”. E é mesmo!

Fazer uma transição de carreira não é algo fácil. É enfrentar a reprovação muitas vezes das pessoas que nos amam, mas quem precisa saber o que quer e ter coragem para enfrentar é você! No final das contas quando você estiver velhinha o ajuste de contas é você com você mesmo. O que você escolhe: agradar os outros ou se realizar?

Boa jornada e não percam a fé jamais!

Beijos

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Carol Nazar é criadora do Carol Nazar Babies, onde compartilha suas experiências sobre maternidade.

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