Se alguém te bater na escola bata de volta”, “aprenda a se defender”, “não leve desaforo para casa” essas são algumas frases que certamente você já ouviu quando era criança e que provavelmente acredita que não há nada demais nelas.

Mas será que isso ensina o seu filho a realmente resolver seus problemas e dificuldades perante a vida?

Primeiro de tudo queria te contar que essa visão vem da Lei de Taleão, a qual consiste na famosa frase “olho por olho, dente por dente”. Foi criada no Direito Romando há 1.700 antes de cristo!

E pasme essa lei para época foi uma evolução, uma forma de equilibrar a justiça e limitar a atuação de vingadores. Assim se algo lhe era retirado, você poderia pagaria na mesma moeda, nem mais (como acontecia muito) nem menos.

Ocorre que essa máxima ensina muito pouco a resolver conflitos de forma madura e sem mencionar que não é nada ético. Depois não adianta querer cobrar isso dele…

Além disso, caso infelizmente ocorra de seu filho (falo filho no masculino de forma genêrica, óbvio que incluo as meninas também) sofrer agressões, xingamentos, o famoso bullying no ambiente escolar dificilmente ele sofrerá de uma única pessoa. Geralmente  essas crianças agressoras agem em grupo e não sozinhas e convenhamos não há possibilidade do seu filho sair devolvendo cascudos e agressões em todos eles.

Dessa forma, já ocorre o primeiro limite físico de colocar a ordem dos pais em prática. E o pior se não dá para obedecer a ordem que a criança recebe, ele se sentirá uma fracassada e não vai querer contar aos pais o que está acontecendo na escola.

Nossa atitude enquanto educadores é de ensinar justiça, equilíbrio, o bem e não ensiná-los a ser tão desequilibrado quanto nossos inimigos.

Deixar o canal livre para o seu filho dialogar e não cobrar uma posição vingativa é a melhor forma de pelo menos começar a resolver o problema. Se você a fecha, ele não procurará os pais, nem o professor e tão pouco a direção da escola para conversar sobre o constrangimento que vem sofrendo. Não conseguirá dialogar, pois a ele o único recado que importa é “bateu, levou” mas se ele não consegue agir, fazer o “levou” na cabeça desses meninos(as) não há mais nenhuma possibilidade de resolver o conflito.

Por isso, acolha seu filho, converse, deixe a porta sempre aberta e o ajude a resolver seus problemas de forma ética.

Bullying por omissão

O mesmo vale para pais que estimulam os seus filhos a não se envolverem nessas situações, a famosa frase “não procure sarna para se coçar”, pois além de não tentarem intervir para evitar o bullying, como auto-defesa acabam praticando-o.

Deixar que seu filho por omissão também pratique o bullying, sendo cúmplice dele também não é boa forma de criar um “cidadão de bem”.

E o mais importante quando crianças convivem num ambiente que há o sentimento de solidariedade, as crianças mais atormentadas se fortalecem e ganham auto-estima, o que acaba contaminando até memso os autores das agressões.

Texto inspirado no livro “É proibido calar!” de Milton Jung.

Para ler mais sobre o tema clique aqui.

 

 

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Carol Nazar é criadora do Carol Nazar Babies, onde compartilha suas experiências sobre maternidade.

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