Como vocês já sabem (ou eu acho que sabem) eu, meu marido e obviamente o João nos mudamos do Rio de Janeiro e viemos de mala e cuía para Salvador – Bahia.
Isso porque, o André (meu marido) está montando um curso de medicina numa faculdade. Como eu não quero nunca mais ter um relacionamento à distância já falei disso no post que fiz sobre meu casamento, viemos todos para Salvador.
Uma coisa é mudar de cidade sendo uma adulta, formada e dona de si outra coisa é se mudar com uma criança e fazer com que ela esteja inserida nesse processo.
Como incluir a criança no processo de mudança
A primeira coisa que fiz foi falar com o João, explicar tudo o que estava acontecendo. Me preocupei em dar atenção aos seus sentimentos. Não é porque ele é uma criança, que não percebe o furacão que está acontecendo na vida dos seus pais.
Isso nada mais é do que ter respeito pela criança. Fazê-la participar.
Então, comecei a falar que iríamos morar em outra casa, que ele voltaria para escolinha, tudo de uma forma muito positiva. Até porque é verdade, se achasse que seria para algo ruim eu não estaria nesse barco com meu marido. Passar a informação com o otimismo e a leveza que tem que ter, mesmo cheia de ansiedade é importantíssimo nesse processo.
Dessa forma, a criança entede a bagunça que se forma. Pois de uma hora para outra o quarto foi desmontado, caixas e caixas na sala e o cantinho que ele estava acostumado não existe mais. Isso faz com que ele tenha segurança em nós e no que está por vir. De alguma forma ele entende o que está passando e fica tranquilo.
Saber esperar
Apesar do João ter entrado para a escola aqui em Salvador não foi uma coisa totalmente nova pra ele, pois ele frequentou escola no Rio. Sabia o que era ir para escola todo dia, ter uma professora etc.
Por outro lado, decidi não começar o desfralde enquanto não sentir que está tudo calmo e a nossa vida adaptada.
Isso serve para tudo, não faria nenhuma mudança radical como tirar mamadeira, chupeta (ele não usa é só um exemplo) nesse período.
Tire o peso
Uma mãe tranquila passa tranquilidade para o filho. Veja algo que te faz ficar em paz nesse período, oração, meditação o que seja.
O que me ajudou muito nesta mudança de vida foi fazer aquela boa arrumação na casa. Até brinquei que a trilha sonora desse dia podia ser aquela música do Hebert Viana:
“Eu Hoje joguei tanta coisa fora
eu vi o meu passado passar por mim
cartas e fotografias
gente que foi embora
a casa fica bem melhor assim”
Bom, eu sei que com essa limpeza me senti muito melhor. Parece besteira mas para mim fazer essa limpeza, jogar contas velhas, papel, doar roupas que não uso faz com que eu me sinta melhor. Como se tivesse abrindo espaço para o universo me trazer o novo.
Atrativo
Ratificando o que falei acima, fale sempre de maneira positiva passando tranquilidade para a criança. Além disso é bom mostrar uma novidade atrativa que o novo lugar terá.
No meu caso falava pro João que na nossa nova casa teria piscina e que seria muito divertido!
Esse pode não ser o seu caso, mas pense em algo de bom que o seu filho vai gostar. Se tiver mudando para mais próximo da casa de um parente, se vai ter uma quadra de futebol perto, se agora ele terá um quarto só pra ele. Há várias maneiras de fazer com que a situação seja leve.
Dicas práticas
- Pesquise na internet empresas de mudança. Eu me estressei muito com a que tinha fechado por questão contratual e nas vésperas fechei com outra com a mesma qualidade do serviço e 40% mais barata. Não se apegue àquela empresa conhecida ou que alguém indicou, pesquise!
Outra coisa, mesmo contratando uma empresa para embalar e transportar tudo fiz uma mala grande para cada um com itens de valor, documentos, algumas roupas para o caso da mudança atrasar (não aconteceu, thanks God!) e roupa íntima (não ia querer ninguém manipulando minhas calcinhas). - Quando estava no Rio minha família ficou com o João. Não tinha condições de deixá-lo no meio daquela bagunça. Peça ajuda! Família, amigos, qualquer pessoa que você confie.
- Já aqui em Salvador minha mãe veio passar uma semana e me ajudou com a arrumação. Nem sei como agradecer.
E o principal muita paciência, às vezes a criança não sabe expressar o que está sentindo e pode ficar manhosa, querendo o seu colo. Não hesite em dar. Se nós temos nossas ansiedades eles também têm. A diferença é que basta o nosso abraço para eles se sentirem seguros, só isso. 🙂
Belas dicas!
Amiga linda, Parabéns pelo lindo trabalho! 💙 Nem sou mamãe, mas sou viciada em você! Muito bom ler tudo que você escreve e ver a forma leve que você compartilha suas experiências! Sucesso! Bjs 😘
Linda!!! Obrigada amiga <3
Olá, Carol!
Bem vinda a Salvador!!
Estava pesquisando sobre colocar ou não nossos filhos na escola antes dos 3 anos e acabei conhecendo seu blog.
Me identifiquei muito com a sua postura, sua forma de pensar, adorei seu blog. Por isso, gostaria de saber se você vai colocar seu filho em alguma escolinha e se já escolheu alguma.
Estou pensando em colocar meu filho na escola ano que vem, quando ele completa 2 anos. Já comecei a visitar algumas. Por isso, se você puder compartilhar comigo a sua experiência ficarei bastante agradecida.
Abraços!!
Olá Paula, eu coloquei o João na escola sim aqui em Salvador. Ele está com 2 anos completos. Apesar de concordar muito que bebês precisam somente da companhia dos pais na primeira infância e brincar livremente, na prática eu estava muito presa em casa sem poder tocar a minha vida também. Então sem o menor sentimento de culpa o coloquei numa escola aqui em Salvador. Semana que vem publicarei sobre a adaptação escolar dele. Muito obrigada pelo elogio e pela leitura das matérias. Qualquer coisa também estou dispoível nas redes sociais Instagram e Facebook. Um grande beijo.