Por que pensamos que primeiro é necessário fazer a criança sofrer, ser punida, humilhada para que ela aprenda?

A crença para educar na sociedade em geral é sempre na base do autoritarismo – eu mando e ela tem que obedecer.

Criança não é um ser infrator para ser castigada. No trabalho, com amigos, não castigamos, humilhamos ou gritamos com um adulto. Certamente se você é uma pessoa normal não. Então porque essa falta de respeito com nosso próprio filho?

A inteligência emocional, a maturidade que queremos que nosso filho de 2/3 anos tenha não será alcançada com castigos. Até mesmo porque no momento que castigamos, estamos nós adultos fora do nosso controle emocional, estamos apenas depositando muitas vezes a nossa raiva, frutação e cansaço de não ser ouvida na criança.

Muitos pensam “Ahhh mas se ela tem inteligência para me irritar ela tem para aguentar as consequências” – que neste caso é o castigo.

Ocorre que a criança não está te irritando porque ela é má. A criança está em fase de aprendizagem, há coisas por trás deste comportamento e quando simplesmente a ignoramos, quando não queremos conversa os privamos de lidarem com os seus sentimentos, de refletir o que eles fizeram que julgamos errado.

Isso porque no fundo há uma pressão social muito forte para o castigo ao invés de ouvirmos nossos filhos.

Essa atitude de ignorar, castigar, humillhar, em resumo, punir faz com que a criança tenha crenças negativas sobre elas. Ficam com uma necessidade de agradar aos pais, possuem medo de fracassar, buscam perfeição, pois acreditam que se assim não forem não serão amadas. É uma necessidade cruel de estar sempre certa porque senão não serão amadas.

Toda vez que a birra acontecer, a “mal-criação” for feita, observe, tente ver o que está por trás, o que a está aflingindo. No básico do básico será fome, sono, frio ou calor. Mas é necessário que o enxerguemos. Há coisas muito mais profundas que talvez eles não estejam sabendo lidar e cabe a nós ajudarmos.

Alerto que a infância dura apenas 10 anos, depois eles se tornam pré-adolecentes. Se agirmos sempre com essa falta de atenção com 3 anos teremos um filho com medo de nós. Alguém que vai contar mais com as pessoas na rua do que conosco, pois não confiarão em nós.

E o principal: o que você espera de uma criança de 2 anos? Que ela já tenha maturidade? Sendo que muitas vezes nós mesmos não temos para lidar com situações de conflito. Talvez a nossa expectativa esteja alta demais…

Faz parte a birra, faz parte a criança querer passar do limite.

Que relação você quer construir com seu filho? Desligue-se dos outros, vai com a tua intuição. A criança tem que ter um ambiente seguro e acolhedor em casa. E isso está longe de ser igual a não dá limites.

Faça com que o processo de aprendizagem seja leve, conduza com amor e respeito, isso sim gera vínculo inquebrável e amoroso entre mãe filho. Castigo gera raiva, medo, mágua…

O importante é fazer com que eles lidem com a situação, a encarem, não precisa fazer a criança sofrer para que ela aprenda.

Caso você queira saber mais sobre este assunto tem um vídeo no youtube que fiz sobre birra/manha aqui está o link para caso você queira assistir.

Se você estiver interessado em ensinar ao seu filho ter consiciência dos seus sentimentos e você ter controle emocional clique aqui.

Que fique claro, que estou longe de achar essa tarefa fácil, até hoje solto uns gritos de vez em quando mas já me propus a mudar, a tentar fazer diferente e isso já tem muito valor.

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Carol Nazar é criadora do Carol Nazar Babies, onde compartilha suas experiências sobre maternidade.

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