Todas nós já estamos cansadas de saber sobre os benefícios da amamentação. Aqui mesmo no blog já falamos sobre isso. Acredito que a maioria das mulheres, atualmente, deseja amamentar seus filhos, seja pelo vínculo criado entre mãe e bebê ou pelos benefícios nutricionais do leite materno.

O que ninguém nos conta (ou até conta mas não damos a devida importância) quando estamos grávidas é a dificuldade que pode ser na vida de uma mãe a amamentação.

No meu caso não foi diferente… muito embora na maternidade acreditasse que ele estava mamando sem nenhum problema, logo depois vi que não seria tão fácil assim.

O João nasceu com 3,050kg, quando saímos da maternidade ele estava pesando 2,800kg até aí muito normal, pois os bebês desincham nesse período. O correto é uma semana depois o bebê voltar ao peso em que nasceu, ou seja, no caso do João voltar aos 3,050kg.

Contudo, quando voltei à pediatra uma semana depois do parto para fazer a pesagem ele tinha emagrecido ainda mais! Estava com 2,700kg. Nem preciso dizer que quase surtei e o meu pranto caiu ali mesmo no consultório da pediatra.

Voltei pra casa decidida que tudo daria certo e que iria amamentá-lo por livre demanda. Mas os dias foram passando e sentia que ele não estava engordando, e além disso o João chorava demais.

Até que numa noite, que ele não parava de chorar, resolvi dar o complemento. Chorei tanto quando dei o complemento, me achei a pior mãe do mundo, me senti uma fracassada.

Acredito que a premissa “amamentar é um ato de amor” acaba deixando a mãe mais sensível ainda. Hoje vejo com clareza que amamentantar, tanto no peito quanto na mamadeira, é um ato de amor, dedicação e carinho!

No dia seguinte fui me consultar com uma enfermeira especializada em amamentação. Ela constatou que eu tinha leite sim, no entanto, o João não estava fazendo a pega certa e que ele dormia no meio da mamada, ficava cansado, como se tivesse preguiça de fazer aquele esforço todo para mamar (acreditem não é fácil para eles também).

Então, além de monitorar a boquinha dele para fazer a pega certa, eu também fiz a translactação, isto é, dar a fórmula através de sonda junto com o peito.

 

Com a translactação eu dava entre 30ml e 45ml por mamada e mais o leite que saía do próprio peito.
A famosa boca de peixinho: os lábios para fora tomando grande parte da auréula e não pode tampar o nariz do bebê.

Outra coisa que me ajudou foi massagear sempre o peito antes da mamada para não deixar ficar aquelas pedrinhas que entopem os dutos. Também usei a concha (da aventi) para ajudar na cicatrização do peito.

Quando o João começou a fazer a pega correta, eu não sentia mais nenhuma dor e até parei de usar as conchas.

Depois dessa aula com a enfermeira, a translactação e a minha supervisão para ele ficar com a pega correta (às vezes ajustava com os meus dedos), deu tudo certo e o João começou a engordar (ufa!).

Tudo parece muito simples agora, mas foi um período muito tenso e apreensivo. Até eu voltar na pediatra 1 mês depois e verificar que ele tinha engordado não fiquei tranquila.

Quando ele engrenou com o aleitamento materno eu parei de fazer a translactação. Como nunca consegui tirar uma gota de leite na bomba (tentei tanto a manual quanto a elétrica), de vez em quando dava a fórmula na mamadeira à noite ou quando não estava em casa e (graças a Deus) ele nunca largou o peito.

Hoje ele está ótimo e bem gordinho 🙂

O João mamou no peito até 10 meses e meio e tenho muito orgulho e alegria disso!

Agora quero que vocês me contem a experiência de vocês! Quero que se conectem com outras mães, ajudem, contem suas histórias, deem dicas de amamentação. É um momento difícil, nossos filhos não nascem com manual de instrução e quanto mais falarmos do assunto mais poderemos ajudar outras mulheres.

Então não se acanhe e deixe o seu depoimento, dica, experiência nos cometários. Tenho certeza que será útil para muitas mulheres. Quanto mais informação, melhor!

 

 

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Carol Nazar é criadora do Carol Nazar Babies, onde compartilha suas experiências sobre maternidade.

10 COMENTÁRIOS

  1. Esse texto me fez recordar os primeiros dias do meu Lucas 💙.
    Meu bebê também não fez a pega correta .
    Tive o Lucas no dia 24.06.2017 , um parto normal e muito feliz .
    Fiquei orgulhosa por poder amamentar e ficava muito satisfeita por meu filho não precisar de complemento .
    Fomos para casa 🏠 muito felizes .
    Mas aí os dias foram passando e ele chorava bastante, como eu não conseguia consulta com pediatra pelo plano de saúde tive que marcar uma particular, pois precisava saber como ele estava e o que eu devia fazer .
    Consegui uma médica maravilhosa que me orientou naquele momento desesperador de ver o meu bebê ter perdido 1.05 kg, ela me direcionou para o complemento, aonde senti a mesma coisa da Caroline .
    Chamei uma enfermeira especialista em amamentação e ela logo viu que devido ao tamanho dos meus seios ele não estava conseguindo fazer a pega correta.
    Ela me orientou onde em até 10 dias consegui que meu pequeno apenas mamasse no meu peito 😍.
    Hoje ele está com 5 meses e 26 dias, onde vai iniciar os alimentos juntamente ao leite materno.
    Fico muito feliz em compartilhar minha estória de sucesso .

  2. Carol eu tive muita sorte c a Bia.. ela nasceu c 3.200, saiu c 2900 4 dias depois ela ja estava c 3.100… na primeira vez q ela foi mamar eu lembro da enfermeira ter colocado o dedo na boca dela p fazer boca de peixinho e ja logo pegou.. até sorria…. mamava demais e é gulosa ate hoje.. tive q comecar a controlar os minutos q ela mamava p o leite nao voltar todo no final.. mamava 10 minutos forte e mais 10min mais tranquila.. parecia um reloginho.. dava de 3 em 3 horas ou antes se ela pedia, usei concha por 4 meses e isso ajudava na cicatrizacao e acho q estimulava a produção.. A noite se ela dormia mais q 3 horas seguidas eu tomava um banho de leite ou empedrava.. aí era banho quente e espremer os dutinhos p desempedrar.. hoje esta c 1 ano e 1 mes mama pouco..mais de manhã ou qdo acorda e nao volta a dormir.. eu acho super guerreira quem da mamadeira pq o peito depois do perrengue inicial ele é muito prático.. eu acho q a postura bem reta na hora de amamentar fazia diferença, se eu relaxasse na poltrona ela ja nao conseguia mamar.. espero q meu depoimento ajude..

  3. Oi
    Boa noite
    Também utilizei a orientação de uma Psicologa em aleitamento materno, utilizei a concha e algumas vezes complementei.
    Parabéns pela escolha do tema!

  4. Sou mamãe de primeira viagem, sempre sonhei em ser mãe, confesso que pra chegar até aqui passei por muitas provações, hoje estou com 26 semanas de gravidez, e tudo que fala sobre amamentação eu estou vendo, lendo ou assistindo, até porque além do sonho de ser mãe eu sonho em amamentar, e já que eu quero, logicamente eu nome de Jesus eu vou conseguir, afinal todos os momentos de ser mãe é lindo, desde a descoberta até o resto de nossas vidas, mas a parte da amamentação é perfeita, não a nada mais lindo do que a sintonia de MÃE e FILHO nesse momento, quando vou na rua e vejo as mamães amamentado até me emociono por saber que daqui a alguns meses sou eu…

    Parabéns pelo depoimento e pode ter certeza que irá me ajudar muito.

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