Se o seu filho(a) fizer uma birra você precisa ter consciência de uma coisa muito importante:
Nós temos 2 cérebros. Como assim?? Temos um cérebro reptiliano e um cérebro mais novo, chamado neo-cortex.

O primeiro existe há milhões de anos e ele é responsável por comandos simples lutar ou fugir. Quando nos sentimos ameaçados (mesmo que seja só na nossa cabeça) ele entra em ação.

Já o outro cérebro, ele é novinho, foi uma evolução. E é responsável por segurar a onda desse cérebro milenar. Ele fala calma não é por aí… ele é responsável por nos fazer ponderar, planejar, racionalizar.

Mas qual o problema?

O problema é que as crianças não tem essa parte amadurecida, então para elas é muito mais fácil entrar num caos emocional e se jogar no chão descontroladas. Para elas é mais difícil tomar boas decisões porque o cérebro reptiliano age no impulso.

Então, antes de levar para o pessoal, antes de rotular o seu filho ou o dos outros de mal educado, birrento, chato entenda que crianças pequenas não sabem se regular. Elas precisam da ajuda dos pais (já regulados) para conseguirem se acalmar.

Seja a calma que seu filho precisa. Colocar limites, ensinar, educar só vai ser possível depois que ele se acalmar. Nem você escuta ninguém quando está descontrolado, muito menos a criança que ainda não tem nem condições fisiológicas e psíquicas pra isso.

Lembre-se sempre disso. Seja a calma que seu filho precisa, depois ensine.

E como acalmá-lo?

É importante você saber que cada criança é única. Há as que se acalmam com um abraço seguido de um beijo, e há as que preferem uma distância segura nesse momento.

De todo modo, o que funciona sempre é você não tentar controlar a onda que vem. Você consegueria controlar um vulcão queimando em lavas? Consegueria segurar a onda do tsunami? Não. E imagine o quão prejucial isso seria para você, mesmo que conseguisse com muito esforço.

A gente não precisa tentar controlar quando a criança desaba, a gente precisa está ali para segurá-la. Deixa o mar de emoções vir e permaneça ali com ela para ajudá-la.

Ações como se manter calma, com a voz serena, nomear os sentimentos, narrar o que está acontecendo (não julgar, narrar os fatos) ajudam muito realmente, porque ali conectamos os dois lados do cérebro. Quando nomeamos e narramos ela precisa pensar e assim ativamos o neo-cortex.

Narrar significa: “estou vendo que você queria brincar com a bola e ficou frustrado, chateado, com raiva porque não pode. Você está vermelho, chorando, batendo o pé no chão, realmente você está muito bravo”.

São coisas simples que ajudam a onda passar sem causar danos a saúde mental do seu filho e ainda é o caminho para construção da sua inteligência emocional.

Termino o post com a frase já citada acima: seja a calma que seu filho precisa.

Beijos,

Carol.

Artigo anteriorAmamentação – A perigosa obsessão com o intervalo
Próximo artigoEnsaio de Natal em família 2021
Carol Nazar é criadora do Carol Nazar Babies, onde compartilha suas experiências sobre maternidade.

1 COMENTÁRIO

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui