Vi uma matéria interessante da Gabriela Guimarães e da Carolina Prado em Colaboração para o site UOL sobre banho, por isso resolvi reproduzir aqui.

Banho do Bebê

Um bom banho, além de importante para a higiene, é um ritual terapêutico. E se você percebe que a água quentinha ajuda a relaxar, saiba que o seu bebê sente o mesmo. Porém, entre o balde (também conhecido como ofurô ou baby tub) e a banheira convencional, há algumas diferenças. Confira, a seguir, tudo o que você precisa saber sobre os dois métodos:

Balde por que é bom:

Em geral, tem efeito calmante ainda maior. Ao sentir-se envolvido pela água por todos os lados, o bebê relembra a sensação que tinha quando estava no útero. Tanto que a técnica é bastante utilizada em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal e tem se mostrado muito eficaz para tranquilizar recém-nascidos e evitar problemas como cólicas, agitação e insônia.

Para quem é indicado:

Para bebês de até, aproximadamente, 6 meses. Depois, dificilmente ele se sentirá confortável no balde, por conta do espaço limitado.

Eu fiz ao contrário usei o ofurô a partir dos 6 meses. O João se mexia demais e fiquei com medo dele cair da banheira, então mudei para o ofurô, que fica no chão. Achei mais seguro e ele se divertia muito no banho (foto destacada na página).

Como usar:

Coloque pouca água no balde — quando o bebê se sentar, ela não deve ultrapassar a altura do ombro. É importante que a temperatura fique em torno de 36ºC ou 37ºC. Limpe o bebê como costuma fazer ao trocar a fralda (com algodão ou lenço umedecido) e coloque-o no balde com cuidado, deixando pescoço e cabeça livres, pois é nessas áreas que você vai segurá-lo. O ideal é uma pessoa segurar o bebê e a outra dar o banho.

Principais cuidados:

Suas mãos devem sustentar a cabeça do bebê o tempo todo (não precisa puxá-la para cima, basta segurá-la). Jamais deixe-o sozinho no balde, mesmo quando ele já tiver condições de sustentar a cabeça sem apoio. Também é importante colocar o balde em um local confortável e com estabilidade, para não correr o risco de o ofurô tombar. Por fim, lembre-se de dar banho em um ambiente aquecido e deixar uma toalha sempre à mão.

Evite:

Se perceber que, em vez de ficar relaxado, o bebê chora e fica inquieto e incomodado, interrompa o banho. Nem todas as crianças se adaptam bem ao balde.

Banheira por que é bom:

Também cumpre as funções de limpar e colaborar para o relaxamento do bebê. Especialmente nos primeiros dias de vida, pode ser uma opção mais prática, pois é comum que os pais ainda se sintam inseguros quanto à melhor forma de segurar e movimentar o bebê.

Para quem é indicado:

Tanto para recém-nascidos quanto para crianças maiores.

Como usar:

Encha a banheira com a água do chuveiro, certificando-se de que a temperatura esteja adequada e repondo quando necessário (a água esfria mais rapidamente, então a checagem deve ser constante). Ela não deve ficar muito cheia. Depois de limpar o bebê, como costuma fazer ao trocar a fralda (com algodão ou lenço umedecido), comece o banho com o recém-nascido virado para a água. Assim, ele vai se sentir mais seguro e confortável. O ideal é que as mãos e o braço de um dos adultos sustentem a criança por inteiro. Conforme o bebê vai crescendo, é possível colocá-lo meio sentado ou até sentado na banheira. Se os pais não têm muita prática, artifícios como redes e ninhos (boias) podem ajudar. Porém, quando o bebê ficar um pouco maior, o ideal é retirar esses objetos, para que ele tenha mais espaço.

Principais cuidados:

Enquanto o bebê ainda não senta, dá para deixar a banheira em suportes elevados. Mas depois que ele já se sustenta sentado, é preciso tirá-la do suporte e colocar a banheira no chão, para minimizar o risco de acidentes. E mais: preste atenção às condições da banheira: ela não pode ter rachaduras. Além de machucarem a pele sensível bebê, essas ranhuras podem atrair bactérias e fungos.

Evite:

Se a criança não se sente segura e chora demais na hora do banho, tente o balde. O ideal é observar as reações do seu filho e respeitá-las.

Vale para os dois:

Algumas dicas são importantes tanto para o banho de banheira quanto para o de balde:

Aproveite para interagir com o bebê. A mãe pode dar o banho e o pai, retirar e secar a criança, ou vice-versa. Vale conversar com seu filho, colocar uma música calma e cantarolar, desde que ele manifeste estar gostando. A ideia é que seja um momento prazeroso para todos.

Toalhas de algodão são mais macias e secam melhor a criança. As de tecido de fralda são ideais. Os pais devem passar cuidadosamente a toalha em todas as dobrinhas, uniformemente, para evitar assaduras.

Nunca descuide de seu filho no banho. Até mesmo uma quantidade bem pequena de água pode ser o suficiente para afogar um bebê. Não deixe que ele beba a água da banheira ou do balde.

Guarde o celular bem longe do banheiro, para não se distrair e não correr o risco de causar um acidente.

Ao término de cada banho, limpe a banheira ou o balde com água quente — ferva a água e lave os recipientes com ela. Caso queira higienizar com álcool, lembre-se de jogar água quente na sequência e tirar os resíduos. Crianças pequenas não têm muitas defesas no organismo e, por isso, são mais suscetíveis a alergias.

Fontes: Nelson Douglas Ejzenbaum, pediatra e neonatologista, membro da Sociedade Americana de Pediatria. Kelly Cristina Romani Moura, pediatra e neonatologista. Jorge Huberman, pediatra e neonatologista do Hospital Albert Einstein e do Instituto Saúde Plena. Cylmara Gargalak Aziz, gastropediatra do Hospital Sírio Libanês.

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Carol Nazar é criadora do Carol Nazar Babies, onde compartilha suas experiências sobre maternidade.

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