“O que a informação consome é a atenção. Riqueza de informação significa pobreza de atenção.”

Herbet Simon

Todo mundo esta careca de saber dos milhares de benefícios que a tecnologia nos trouxe! Ou você acha que seria legal até hoje ter que ir ao banco para fazer uma simples transferência bancária? Acharia ótimo pagar pulsos telefônicos ao invés de mandar um wathsaap de graça para se comunicar? Ou seria legal ainda ter que pesquisar na barsa para estudar ou tirar alguma dúvida?!! E por aí vai…

No entanto, tudo tem dois lados e nesse post aqui eu já falei sobre os malefícios das telas para crianças, agora venho te dizer que excesso de tecnologia pode não fazer bem para nós adultos também.

Distração digital é o mal que qualquer ser humano sofre atualmente. Ou você nunca se distraiu com as pilhas de e-mails, mensagens no wathsaap, post no instagram e facebook? Ainda tem o story que deixa a gente horas se deixar vendo a criança, cachorro, passeio, marido do ser humano alheio.

Quantas vezes você já não teve vontade ou já ouviu “larga o celular e olhe para pessoa que você está conversando”?

E sabe qual a pior consequência dessa distração digital toda? As habilidades de empatia e presença social ficam bem prejudicadas.

Daniel Goleman no seu livro “A ciência da meditação” é categórico ao afirmar que o significado simbólico do contato olho no olho, de deixar de lado o que estamos fazendo para estabelecer um vínculo, reside no respeito, consideração e até amor que o gesto indica. Desatenção com as pessoas que nos cercam passa uma mensagem de indiferença.

E se você está aí mentalmente se gabando que é uma pessoa multitarefas sinto lhe informar que uma pesquisa conclusiva da Universidade de Stanford mostrou que essa ideia que conseguimos fazer várias coisas ao mesmo tempo, ou seja, trabalhar, cuidar dos filhos, cozinhar enquanto recebemos e damos atenção a essa enxurrada de informações/mensagens é MITO! (dorme com essa sabichão)

O cérebro não trabalha em multitarefa, o que acontece é que ele passa rapidamente de uma tarefa (trabalho) para outra (todos os memes divertidos que recebemos no celular, conversa com o vizinho, foto da página de viagem que você não tem dinheiro para fazer e outras coisitas mais).

Tarefas de atenção não existem em paralelo, como a expressão multitarefa sugere, em vez disso exigem rápida mudança de uma coisa para outra. E voltar para o que se deve fazer pode levar vários minutos para que a atenção plena e a concentração retorne.

As normas sociais de atenção para com as pessoas perto de nós mudaram com muita tristeza de forma silenciosa e inexoravelmente.

Agora é bom que você saiba que pessoas multitarefas, aqui entendido, como as pessoas que fazem o que devem fazer enquanto se distraem digitalmente com uma avalanche de informação (boa ou ruim) são “esponjas de irrelevância”, o que atrapalha não só a concentração, como também a compreensão analítica e a empatia.

O que você escolhe fazer a partir de hoje? O que pode mudar na sua vida para que não se distraia tanto? Silenciar as notificações do celular, sair daqueles grupos inúteis do wathsaap, se comprometer a não pegar o celular durante x horas por dia ou no momento x do dia podem ser algumas opções.

Artigo anteriorO medo e a coragem
Próximo artigoPode sal na comida do bebê?
Carol Nazar é criadora do Carol Nazar Babies, onde compartilha suas experiências sobre maternidade.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui