É queridos leitores parece que nem elogiar a gente aprendeu a fazer direito! kkk

Deixa eu explicar. Lembram quando eu falei do elogio vazio nesse post aqui? Vou trazer de novo o trecho do post que fala sobre elogio:

“Podemos e devemos elogiar os nossos filhos, mas devem ser elogios sinceros e não exagerados. O elogio exagerado é vazio e não encoraja o crescimento e desenvolvimento da criança.

Por exemplo, quando seu filho tira uma nota boa na escola, ou faz um desenho bonito ao invés de você rotulá-lo como inteligente, foque no processo de trabalho que ele teve para ter conseguido o resultado alcançado.

Se interesse, pergunte como ele fez para chegar até aquele resultado, quanto a nota boa qual foi o plano de estudo? Como ele pensou ao dar aquelas respostas? O que ele leu? Se o desenho ficou lindo, quais cores usou? O que estava pensando quando fez aquele desenho? Foque no processo.

Isso porque, quando rotulamos de inteligente ou ele um artista (no caso do desenho), a criança acredita que ela nasceu assim e ponto. Não precisa se esforçar mais, estudar mais, se empenhar mais, isso é inerente a ela, lhe pertence e nunca vai mudar. Sempre escolherá tarefas mais fáceis, que exija menos esforço para não se frustar e continuar a receber o elogio de outras pessoas, pois acredita que assim está tudo sob controle e agradando aos outros, ao invés de si agradar e de fazer o que realmente deseja.

Por outro lado, a criança que acredita que tudo pode ser desenvolvido e melhorado, inclusive a inteligência, sempre se esforçará através do trabalho, da educação para que suas habilidades sejam superadas. E aí, meu bem, nem o céu é o limite para essa pessoa!

Quando entendemos que com o nosso esforço, com as nossas decisões, com o aprendizado, com nossa força interior e que não precisamos da aprovação de pessoas externas é o que basta para sermos capazes de tudo, nos tornamos pessoas mais felizes e de quebra humildes, pois nada é nosso, só com o esforço e aprendizado conseguimos as coisas. O esforço é algo positivo que deve ser valorizado. Isso sim gera inteligência e o crescimento.”

Complementando o assunto

Hoje queria complementar esse tema do elogio com base no livro da Elisama Santos “Educação não violenta”.

A autora diz que devemos fazer elogios descritivamente. O que isso quer dizer?

Que ao invés de falarmos um simples “que lindo” quando seu filho mostrar um desenho que ele fez, devemos descrever o que estamos vendo. “Que legal filho! Vejo que você desenhou uma casa verde com 3 janelas e uma árvore na frente, tem um gramado verde embaixo dela. Em cima você desenhou um sol com os raios amarelos e nuvens ao lado…” e no final dizer Você deve está muito orgulhoso de ter feito esse desenho.

Dessa forma, valorizamos o processo, o esforço da criança. Ela se sente muito valorizada pelo trabalho que acabou de executar. Não criamos rótulos e não voltamos o elogio à nossa aprovação. Quando dizemos “Estou orgulhosa de você” estamos mostrando o nosso sentimento, a nossa aprovação em relação as tarefas realizadas por nossos filhos. É diferente de dizer “Você deve está orgulhoso por xyz”. Neste você foca na capacidade dele, sem depender da aprovação de terceiros.

Até elogiar tem ciência, pessoal! Que tal começar a aplicar?

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Carol Nazar é criadora do Carol Nazar Babies, onde compartilha suas experiências sobre maternidade.

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