No post anterior começamos falando do primeiro setênio, hoje vamos desenvolvê-lo mais de acordo com a antroposofia e a metodologia waldorf.

O primeiro setênio é a época que acontece o desenvolvimento do corpo espiritual, que estava em algum lugar antes da criança nascer e agora adentra num corpo físico. É um momento de expansão da criança. Ela está muito conectada com a mãe, que é a sua figura central. A mãe é a base da sua confiança. A criança que está no primeiro setênio está muito aberta à mãe e ao mundo.

A criança nessa fase se movimenta muito e segundo a antroposofia isso ocorre para que o corpo espiritual tome esse corpo físico, ou seja, para que ele aterre do nível espiritual para o físico.

A criança tem o desejo de explorar o mundo. Ela tem uma força da alma muito potente, ela deseja tudo e tudo imediatamente. Ao adulto cabe margear, colocar limites. E entenda que colocar limites não é construir barreiras para que essa criança fique tolida. Por isso que é limitar, mas deixando a criança seguir seu fluxo. Seja guia apenas.

Nesta fase a forma de aprendizagem da criança é através da imitação. Por isso que dar o exemplo é tão importante. Não é necessário falar nada, basta fazer. Já percebeu como a criança adora brincar de limpeza nessa fase? Eles nos veem limpando e nos imitam, por exemplo.

Para a metodologia waldorf as experiências corporais são o que realmente importa no primeiro setênio, a alfabetização é somente a partir dos 7 anos. Isso porque antes de passar para a fase cognitiva é necessário que o corpo espiritual adentre ao corpo físico.

As escolas tradicionais focam muito cedo já no cognitivo, mas para a pedagogia waldorf a criança precisa sentir primeiro as experiências corporais para passar para o lado mental.

O primeiro setênio é etapa de explorar, sentir o corpo para que quando completem 7 anos estejam preparadas para a alfabetização, quando já conhecem bem o corpo, o seu espaço e assim não precisam tanto de movimento.

Segundo ainda a metodologia waldorf a mentalização precoce pode adultizar a criança muito cedo, pois a antecipação da parte cognitiva desfocaria da imaginação e criatividade infantil. O brincar traz experiências que a criança usará na sua vida inteira.

Muito interessante, né? No próximo post continuamos essa conversa.

Aguardem!

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Carol Nazar é criadora do Carol Nazar Babies, onde compartilha suas experiências sobre maternidade.

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