Educação é um tema que me fascina e por isso volta e meia é pauta deste blog. Tudo que leio e estudo gosto de compartilhar com vocês, para que possamos mudar a forma de educar as crianças, priorizando um modelo mais respeitoso e amoroso, mas sem ser permissivo.
Lendo o livro Mindset da Carol S. Dewek gostei muito da reflexão dela sobre como a todo momento julgamos nossos filhos e perdemos a oportunidade de ensiná-los algo.
A autora afirma que todas as crianças se comportam mal (ou seja seu filho não é nenhum ser humano ruim por causa disso – crianças são boas!). Pesquisas demonstram que a cada 3 minutos crianças pequenas fazem alguma coisa errada. E nesse ponto vem a pergunta crucial: essas ocasiões servem para julgamento do seu caráter ou para ensinar?
Desde muito as crianças já recebem mensagens de seus pais, e aprendem que seus erros são passíveis de julgamento e punição. Ou elas podem aprender que seus erros são ocasiões para sugestões e aprendizado.
A autora narra uma situação real que transcreverei abaixo que demosntra bem essa situação:
“mãe: Oi, porque você está triste?
menino: Eu dei à professora alguns números e pulei o oito e agora estou triste.
mãe: Bem, você pode fazer uma coisa para ficar mais alegre.
menino: O quê?
mãe: Se você disser à professora que procurou fazer o melhor possível, ela não vai ficar zangada. (voltando-se para o pai) Nós não estamos zangados, não é?
pai: Claro que estamos! Filho, é melhor você ir para o seu quarto.”
O que você acha que o filho se atentou mais: a resposta construtiva da mãe ou a mensagem julgadora do pai? A resposta do pai além de diminuir a criança pelo seu erro não apresenta nenhum plano para corrigí-lo.
Não julgue. Ensine. É um processo de aprendizado.
Quem nunca presenciou (ou viveu) a mensagem: “Vou te dar uma lição que você nunca vai esquecer”. A única lição de fato aprendida nessa situação é que se o seu filho contrariar os valores ou as normas dos pais, serão julgados e castigados. Não há nada aí que os ensine a pensar sobre as questões e chegar sozinhos a decisões éticas e maduras.
Da próxima vez que se vir em posição de castigar, pergunte a si mesmo. Qual a mensagem que estou mandando? Vou julgar e castigar ou vou ajudar a pensar e aprender?
Se você se interessa pelo tema há outros textos no blog, dois deles você pode ler clicando aqui e aqui. De todo modo recomendo demais a leitura integral do Livro Mindset.
