Hoje trazemos mais um post da nossa colunista e nutricionista Fernanda Simões da Nutri para pequenos. Confiram!
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Problemas com a alimentação
Quando uma criança apresenta problemas com a alimentação, diversas questões podem estar envolvidas e precisamos de um olhar com muito carinho e atenção.
Como pais, em primeiro lugar, devemos nos perguntar sobre a nossa expectativa em relação à alimentação dos nossos filhos. Será que realmente eles precisam comer tudo aquilo que oferecemos? Qual o nosso modelo de alimentação ideal? Algumas vezes o suposto problema se resolve apenas com uma mudança de perspectiva em relação ao que a criança deveria comer.
A criança também tem o direito de não gostar de todos os legumes, verduras e frutas; de não querer comer feijão no jantar ou de não estar a fim de comer em determinada ocasião, como acontece com todos nós adultos.
A função dos pais na formação de hábitos alimentares dos filhos se resume em oferecer uma variedade de alimentos saudáveis, orientar horários e proporcionar um ambiente adequado.
Quantidade
A quantidade que será ingerida fica por conta da criança. Isso quer dizer que a criança precisa de rotina no que diz respeito às refeições; do local tranquilo, junto à mesa com a família quando possível; de não deixarmos os “belisquetes” disponíveis; e de, principalmente, não enlouquecermos quando a criança não quer aquilo que preparamos e, prontamente, oferecemos um substituto não tão saudável naquele momento porque pensamos que nosso filho ficará mal alimentado.
Esse seria o nosso maior erro, se o pior não fosse a coação na hora da refeição. Precisamos ter muito cuidado com o que a nossa imposição pode causar na relação dos nossos filhos com o alimento. Ele, desde pequeno, deve aprender que se alimentar também é um ato de prazer e não de compensação de problemas, por exemplo. A criança sabe quando está satisfeita, temos que aprender a confiar!
Mas e quando o problema realmente já está instalado?
Encontramos sim algumas crianças com o quadro de aversão alimentar ou seletividade a muitos alimentos. Há diversas formas de abordar essa questão e a ajuda multiprofissional (nutricionista, pediatra, fonoaudiólogo, psicólogo) normalmente é necessária. Reiniciar o processo sentindo e explorando o alimento antes de comê-lo, participar do preparo das refeições, vendo o alimento de forma diferente, deve fazer parte desse caminho, além da paciência e confiança da família.
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Nutricionista Fernanda Simões é Nutri para Pequenos.
Nutricionista formada pela UERJ (2003); Pós Graduação em Terapia Nutricional Enteral pela Santa Casa de Misericórdia/RJ (2004); Residência em Nutrição Clínica no Hospital Universitário Pedro Ernesto (2004-2006); Mestrado em Ciências pela UERJ (2008). Trabalha com Nutrição Materno-Infantil desde 2011 quando ingressou no Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF – FIOCRUZ/RJ). Mãe de 2 pequenos (Guilherme – 6 anos e Mariana – 2 anos)
Atendimento nutricional domiciliar (Rio de Janeiro) – atendimento à gestante, orientação para amamentação, introdução alimentar, melhora de hábitos alimentares na infância e adolescência, terapia nutricional enteral em pediatria, doenças crônicas e alergias na infância, dieta cetogênica na epilepsia em crianças.
Contatos: (21) 964845408
@nutriparapequenos
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