Presentear nossos filhos é maravilhoso! Quem não gosta? No entanto, estudos apontam que enchermos as crianças de brinquedos pode não ser tão bom para elas…
Claro que é difícil controlar a quantidade de presentes que nossos filhos ganham, na minha casa por exemplo, o João é o primeiro neto dos dois lados da família, super paparicado por avós, tios e titias, os quais o encheram de presentes em todos os mesaniversários, natal e qualquer outra data comemorativa.
O problema
Estima-se que as crianças ocidentais possuem, em média, 150 brinquedos. É demais, e quando é excessivo, as crianças ficam sobrecarregadas. Como resultado, elas brincam superficialmente, facilmente perdendo o interesse imediatista nos brinquedos e no ambiente, elas não são estimuladas a desenvolver a imaginação.
Lotar a criança de excessos, milhões de brinquedos que se espalham pela casa a que tudo indica limita a criatividade da criança. Ela já recebe tudo pronto, então se cansa fácil, não recebe estímulo para deixar a imaginação ser criada.
Querer compensar as nossas culpas e eventuais ausências através de bens materiais não será o caminho certo…
O grande desafio da educação atualmente é ensinar crianças e jovens a pensar sozinhos. Aquele modelo tradicional de “decoreba” onde o professor é o dono de todo o saber e a criança não passa de uma távola rasa já ficou para trás há muito tempo.
A construção do brincar (e porque não do pensar?)
Então, nada mais justo de começarmos a “estimular” os nossos filhos a pensar sozinhos desde cedo. Podemos fazer isso não contribuindo que eles recebam as coisas prontas, mas ao contrário que se empenhem, pensem e no final o prazer de brincar com algo que foi construído por eles será bem maior.
Uma simples cabaninha embaixo da escrivaninha ou da mesa da sala já se coaduna com todo este processo. Não é tão difícil, né?
Simplificando as coisas
O importante é simplificar o ambiente, apostando em menos brinquedos e certificando-se de que estes realmente estimulem a fantasia da criança.
O brincar deve ser livre. Fazer de um cabo de vassoura um cavalinho faz com que as crianças coloquem suas emoções, curiosidade e criatividade para fora e isto tudo ajuda a construir o cerébro.
Isto quer dizer que quando ela recria na cabeça dela um objeto já conhecido, como o cavalo por exemplo, ela está fazendo várias sinapses, ou seja, as suas conexões cerebrais estão sendo construídas.
Podemos e devemos dar a elas a oportunidade de criar e de agir. Uma boa forma de isso acontecer é deixando-as livres para brincar. A caixa de papelão vira um caminhão, a pedra encontrada na pracinha vira um delicioso bolo e assim por diante.
Qualidade do tempo
O ideal é conseguirmos nos dedicar um tempo para brincarmos junto com nossos filhos em áreas externas como pracinhas, parques e praia estimulando a criatividade.
Assim, aprenderão naturalmente que não precisam de um caminhão de coisas para serem felizes. Passar um tempo de qualidade com eles é o melhor presente que podemos dar.
Acima de tudo, as crianças devem ter consciência do valor e da importância de suas coisas e não é dando um milhão de brinquedos que faremos isso.
E vocês como agem em casa? Na teoria é legal mas na prática conseguem fazer um filtro? Me contem!
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Excelente texto! Eu tenho dificuldades de não comprar brinquedos, mas participo ativamente das brincadeiras.
Embaixo do meu prédio , tem uma loja de brinquedos educativos.
Sempre passo la em busca de algo que estimule minha filha! Recentemente comprei uma cadeirinha pra ela e a maior diversão dela foi transformar a caixa em uma casinha, levando as bonecas pra dentro!
Muito legal Veras!!! Imagino a Bia brincando de boneca deve ser a coisa mais fofa do mundo <3