Uma questão que sempre me agoniou o coração foi como eu iria criar meus meninos para serem antimachistas.

O que eu deveria fazer e falar para que além de entenderem que mulheres devem ter os mesmos direitos que os homens, eles aderissem ao movimento e também defendessem essa mudança na sociedade.

O machismo, que mata e adoece mulheres também mata e adoece crianças. Porque ele nada mais é que a dominação de poder através da ameaça, de castigos físicos ou psicológicos para a manutenção de estruturas hierárquicas.

Seja na relação homem-mulher, seja na relação pais-crianças. E veja que eu escrevi pais, ou seja, mulheres também usam a violência para manutenção de poder e de hierarquia.

Dessa forma, a única maneira de quebrar esse ciclo é através de uma educação não violenta. As crianças precisam entender que violência não é a forma de lidar com situações difíceis.

Você permitiria que seu marido te beliscasse quando achasse que você está descontrolada? Então porque esse mesmo comportamento abusivo é tolerado e reforçado no caso de crianças? Essa forma de educação só planta a semente para que esse menino cresça e seja abusivo.

No final de tudo a resposta é sempre a mesma: o amor! Crianças precisam ser educadas em ambientes amorosos. Sempre que alguém estiver querendo dominar, controlar o outro estará faltando amor.

“O movimento feminista é pró-família. Acabar com a dominação patriarcal, seja por homens, seja por mulheres, é a única maneira de tornar a família um lugar no qual as crianças se sentem seguras, no qual elas podem ser livres, no qual podem conhecer o amor.” Bell Hooks.

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Carol Nazar é criadora do Carol Nazar Babies, onde compartilha suas experiências sobre maternidade.

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