De vez em quando a gente escuta ou passa por cada situação que dá vontade de chorar!

No último mês aconteceu duas situações que para mim são lamentáveis. Na primeira estava numa mesa com outras mães da escola, que não tenho a menor intimidade e uma delas narrava como educava as filhas gêmeas na base da punição e do castigo quando as duas brigavam. E ela falava com um orgulho que dava até medo em mim, que sou adulta!

A segunda situação foi uma babá, que queria sair do lugar que estava, e obviamente a criança não queria sair, pois estava brincando. Começou uma disputa de poder e a babá passou a puxar a criança pelo braço e a ameaçar gritando que contaria para a mãe a birra e ela ficaria de castigo.

Situações infelizmente rotineiras que certamente todos os leitores aqui já presenciaram.

Dito isso, vamos pensar algumas coisas juntos:

  1. você acredita que a disputa de poder entre um adulto e uma criança é a forma mais saudável de agir/solucionar problemas?
  2. você acredita que crianças fazem coisas para “sacanear” o adulto?
  3. Você acha que crianças já possuem maturidade suficiente para controlar as suas emoções?
  4. você acha que se descontrolando emocionalmente você irá acalmar a sua criança?
  5. você dá voz ao seu filho para ele contar a sua versão dos fatos? Ou você só acredita na versão do adulto?
  6. você castigaria seu filho por algo que alguém te contou mas que você não presenciou?
  7. você acredita que castigo funciona para educar?

Quanto a essas perguntas eu somente espero que você reflita parando para pensar nos seguintes pontos:

a) Você é mais experiente que a criança, então mostre como mostraria a qualquer adulto que a decisão dela naquele momento não é a melhor. Converse, explique, negocie. Da mesma forma que você não grita com seu colega de trabalho, funcionário ou marido para convencê-lo de uma atitude que você julgue errada não faça isso com sua criança. Ela não quer comer? Certamente em algum momento ela vai sentir fome, quando sentir você oferece a comida novamente.

b) O cérebro da criança ainda está em formação. Ela não tem células nervosas suficientes até os 6 anos para regular seus sentimentos. Por isso tudo é tão urgente e escandaloso. Mas lembre-se que você tem, sendo assim não precisa agir da mesma forma.

c) Se acalme para a criança se acalmar. Uma pessoa descontrolada do outro lado não ajuda em nada.

d) Acredite no seu filho sempre! Não o crie rotulando-o de mentiroso, de mau, de difícil. Ele precisa confiar em você e você confiar nele. Sempre existe várias versões para uma mesma história, ouça todas!

e) Castigar uma criança só vai fazer que ela sinta mais raiva ou que sua autoestima vá por água abaixo. Acolha os sentimentos, mostre consequencias para os seus atos, explique,  ouça e depois quando todos estiverem em seu devido controle emocional mostre o correto.

f) Trate sua criança com respeito para ela se tornar um adulto respeitoso. Não adianta cobrar depois, o que você não deu.

Essas reflexões têm por base a minha visão de mundo, a minha experiência, a forma como educo meu filho. Se você tem dúvidas ou dificuldades procure um especialista. Quando você está com dor de barriga você não procura um médico? Por que quando não está dando conta de educar não procura um psicólogo? Procure ajuda se não estiver dando conta. Sua família será a primeira a agradecer e depois a sociedade.

Gosta desse tema? Clique aqui para ler mais.

 

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Carol Nazar é criadora do Carol Nazar Babies, onde compartilha suas experiências sobre maternidade.

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