Hoje resolvi escrever mais uma crônica do que alguma informação científica sobre a dentição do bebê…

Gostaria de dividir com vocês os perrengues que passo alguns dias antes de nascer os dentes do João. Por que esse período da dentição do bebê é tão complicado para alguns? E por fim, o que isso serviu (e serve) de lição para mim.

A intenção é dividir e dar a mão às mães que também passam pela mesma agonia.

A dor de dente que dói o coração da mãe

Especialistas dizem que diarreia, febre e outros sintomas nada tem a ver com a dentição do bebê. Desafio eles acompanhar um bebê para constatar que sim, tem tudo a ver! Pelo menos aqui em casa tem total nexo causal.

O João é um bebê que sofre muito todas as vezes que o dente dele está nascendo. O primeiro dentinho veio com quase 8 meses, vieram os dois de baixo (incisivos centrais) ao mesmo tempo.

Sempre na semana que vai rasgar a gengiva são 3 dias pelo menos sem comer, febre, diarreia, gripe, ele fica muito abatido… Meu coração fica apertado em ver ele sofrer, preferia mil vezes que fosse comigo.

Uma das vezes na véspera de viajarmos para a Bahia, ele chorou a madrugada toda (não é exagero) ele não dormiu nem um minuto!

Agora (que está acabando, thanks God!) eu tento amenizar dando paracetamol, mordedor com gelo, não insisto em dar a comida – respeito a dor dele – e principalmente muita paciência e carinho para esperar esses dias chatos passarem.

O pior é pensar que daqui a alguns anos todos eles cairão (affff!), pelo menos na segunda leva não dói para nascer (amém!).

Não sei se tem relação mas o João é uma criança muito sensível, teve cólicas de gases nos primeiros dias de vida, depois teve cólicas de intolerância ao leite de vaca e chorava muito para dormir, por isso acho que ele não está acostumado as dores terrenas…

O que acho interessante é que já ouvi relatos de algumas mães que os filhos não sentem absolutamente nada quando os dentes estão nascendo. Vai entender como a maternidade pode ser tão diferente?!

Lição da maternidade

E para mim esse é o mais lindo nela, não ter regras, não ter controle, saber que tem que estar preparada (ou não) para o que vier, respirar fundo e passar por mais uma fase.

Não controlamos mais absolutamente nada quando nos tornamos mãe, às vezes achamos que estamos no controle aí vem a vida e te dá uma voadora para mandar o recado “não se acha muito não, porque você não é tão sabida quanto pensa”.

E assim aos poucos vamos aprendendo a lidar com a maternidade, a entender que ter o controle de tudo não é tão importante assim e deixar a vida levar. E ver a beleza que há nesse eterno jogo de equilibrar pratinhos rodopiantes.

De qualquer modo sei que tudo isso vai passar, ele vai crescer e ainda sim vou sentir saudades desses momentos de fragilidade do meu garotinho.

Beijos e até a próxima!

Odontopediatria

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Carol Nazar é criadora do Carol Nazar Babies, onde compartilha suas experiências sobre maternidade.

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