Obviamente por expor minha vida nas redes sociais, acabo expondo quem trabalha comigo. Já falei algumas vezes da babá do João e por isso recebo muitas mensagens pedindo dicas de como entrevistar e escolher uma boa babá.

Primeiro, cabe lembrar que tive uma babá até o João completar um ano de idade, que era uma pessoa que nunca tinha sido babá, na verdade ela era funcionária pública aposentada. Depois dessa data em diante tenho a Fran que trabalhou em creche e como babá também.

Vamos ao que, na minha opinião, acho importante na hora de escolher uma candidata:

Requisitos práticos

  1. Experiência. Pergunte a ela se já trabalhou com bebê/criança. Pode ser que ela nunca tenha trabalhado, mas tenha filhos e netos e isso na minha opinião já conta como experiência! Esse foi o caso da primeira babá.
  2. Carta de indicação ou contato dos empregadores anteriores. Este requisito é muito bom, pois realmente você pode fazer perguntas mais diretas para os antigos empregadores como se a pessoa é pontual, se preza pela higiene e etc.
  3. Onde a candidata mora. Se realmente você depende da babá para poder sair de casa para trabalhar esse é um ponto importante. Caso ela more muito longe pode ter problemas com horário, pois quando acontece greves, enchetes ou acidentes no caminho ela sempre estará afetada. Morando perto você pode até pagar um táxi para buscá-la sem onerar muito o bolso nessas eventualidades.
  4. O que é combinado não sai caro. Diga a verdade! Explique todo o trabalho que a babá deverá desempenhar. Exemplo: se a babá além de cuidar da criança, precisará lavar a roupa do bebê, passar, fazer comida, limpar o quarto etc. E claro combine muito claramente o salário e benefícios.
  5. Disponibilidade. Você trabalha fora e vire e mexe sai tarde do trabalho? Exponha essa situação na entrevista e deixe claro que pode ocorrer dela ter que fazer hora extra, porque às vezes você sai mais tarde do trabalho. Pergunte se ela poderá ficar nessas situações. É essencial poder contar com quem trabalha com nossos filhos.
  6. Regras de educação. Não se iluda a babá tem papel fundamental na educação do seu filho, ainda mais se você passa grande parte do dia longe. Por isso, deve-se explicar quais regras você considera essenciais e devem ser cumpridas por ela. Por exemplo, aqui em casa falo para a Fran que televisão só na parte da manhã durante no máximo 1 hora, e depois é proibido.
  7. Celular. Diga que o celular é para vocês se comunicarem que não é para ficar em redes sociais e tampouco trocando mensagem no whatsapp. Observe a reação dela. Na minha opinião, nada pior que babá que fica pendurada no celular.
  8. Cigarro. Pergunte primeiro e depois sinta o cheiro da pessoa, da roupa, dos cabelos, quem fuma o odor do cigarro fica entranhado. E todas concordamos que é impossível uma babá fumante.
  9. Nível de escolaridade. Cada um tem o seu nível de exigência, mas no minímo uma babá deve saber ler e escrever sem dificuldades. Caso contrário como a mesma poderá ministrar uma medicação? Poderá ler uma receita que você deixará para seu filho? Só para citar alguns exemplos.

Requisitos subjetivos

  1. Empatia. Sentir se a energia da pessoa bate com a sua. Se você gostou dela, se ela parece uma pessoa bem-humorada, positiva e com uma alma alegre.
  2. Como ela fala com a criança? Como foi o primeiro contato? Para mim é importante a pessoa saber conquistar a confiança da criança. Se abaixar para falar na altura dos olhos do seu filho, ter a voz calma, ser uma pessoa que passa tranquilidade, ser amorosa, brincar junto.
  3. Afinidade. Converse com ela, veja o que vocês pensam sobre assuntos polêmicos, se as ideias dela se coadunam com as suas no que você acredita ser importante. Convivemos com a babá mais do que com amigos e família direta, ela se tornará uma amiga sua, então é bom vocês terem afinidade.
  4. Energia. Uma coisa é uma babá para um bebezinho que dorme a maior parte do tempo, outra é uma babá para uma criança! Você acredita que essa pessoa terá energia, paciência para brincar e correr com e atrás do seu filho(a)?

Essa segunda parte é muito mais baseada num sexto sentido. Você pode perceber fazendo perguntas como: o motivo pelo qual ela saiu do último emprego, se ela tem filhos pequenos, sobre a rotina dela nos outros empregos, o que ela gosta de fazer no tempo livre etc. Nessas respostas você vai ter indícios da personalidade dessa pessoa.

Caso você acredite que encontrou a pessoa ideal, a contrate por um período de experiência (90 dias pela legislação trabalhista) é um tempo bom para vocês se conhecerem e verificar se a relação dará certo.

Lembrando que investir no aperfeiçoamento da babá é investir na pessoa que está te ajudando a criar seu filho. Então, caso tenha curso de babás, primeiros socorros ou qualquer outro importante não tenha dúvidas faça o investimento.

Esses são pontos importantes para mim, já falei um pouco da rotina da minha casa nesse post aqui.

Beijos e até a próxima!

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Carol Nazar é criadora do Carol Nazar Babies, onde compartilha suas experiências sobre maternidade.

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