Lidar com as emoções durante muito tempo foi visto como sinal de fraqueza, se dava muito valor as pessoas estritamente racionais e todos empurravam para debaixo do tapete suas emoções, tentando abafá-las ou controlá-las.

Deu para perceber que isso não deu muito certo… o estresse, burnout, estafa vieram com tudo como doenças crônicas nos últimos anos. Está mais do que na hora de aprendermos a gerenciar nossas emoções, GERENCIAR, não controlar; um porque todos nós humanos temos emoções (todos os mamíferos e aves a tem); dois porque nos relacionamos com outros humanos então precisamos entender o que se passa no nosso interior para levar uma vida mais saudável mentalmente.

Por que é importante ter emoção?

Porque elas são importantes sinais, toda emoção tem razão para existir, precisamos ficar de olho nas emoções disruptivas. Perceber e nomear a emoção (alegria, tristeza, medo, raiva, surpresa, nojo) faz com que respondamos ao pensamento que estava guiando a emoção.

Logo quando você faz esse trabalho de perceber a sua emoção você prolonga o tempo entre o impulso e a sua ação, que nada mais é para a psicologia a definição de maturidade, quanto maior o prolongamento entre o impulso provocado por uma emoção para a sua reação mais madura você será.

Por isso, se acalme e pense antes de agir, veja as inúmeras possibilidades de ação e só depois aja, quando tiver decidido com calma.

Como conseguir ouvir minhas emoções?

As formas mais eficientes de conseguir perceber o que está acontecendo com você é praticar a meditação e o mindfulness (veja aqui exercícios para praticar com as crianças).

Veja que essas duas práticas estão à parte de qualquer religião, de qualquer crença. Você pode praticá-la e se conectar com o seu eu interior independente da religião que pratique.

Na meditação dedicamos um tempo a nós, ao silêncio, a nos ouvir é como se o mundo parasse (nem que seja por 5 minutos) para que a nossa essência fale.

O mindfulness é um estado mental que tem a finalidade de trazer o corpo ao presente em que seja possível perceber pensamentos, identificar sensações corporais e emoções no MOMENTO que ocorrem, evitando as reações automáticas.

O resultado para nossa vida

Conseguindo identificar nossas emoções conseguimos fazer escolhas mais conscientes, o que nos ajuda nos desafios do dia a dia (seja na maternidade ou não). Melhoramos nosso foco, temos mais autocontrole, proporcionamos a diminuição da ansiedade e do estresse crônico.

Para termos um impacto positivo na vida dos outros precisamos ter autoconsciência e saber gerir nossos relacionamentos, querendo ou não na vida estamos nos relacionando o tempo todo com outros humanos.

E o meu filho com isso?

Para ensinarmos os nossos filhos a saberem lidar com suas emoções primeiro precisamos saber lidar com as nossas, certo? Então comece por você.

Mas eu nunca fiz isso e agora? Calma! Existe uma coisa chamada neuroplasticidade, isso quer dizer que o cérebro se molda através de experiências repetidas. As partes do cérebro que desenvolvem a inteligência emocional estão entre as últimas partes do cérebro que se tornam anatomicamente maduras. Atualmente, infelizmente, a maioria das culturas deixa o desenvolvimento dessa parte ao acaso.

No entanto, a criança com inteligência  emocional aprenderá a ser empática, a ser capaz de atingir seus objetivos, a colaborar, a se dar bem com outras pessoas e essas são as habilidades que elas precisarão no futuro!

 

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Carol Nazar é criadora do Carol Nazar Babies, onde compartilha suas experiências sobre maternidade.

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