Vamos falar de educação? Mas não de educação escolar, e sim daquela educação que é obrigação dos pais dar aos seus filhos. A boa e velha boas maneiras! Quantas vezes você ficou sem graça pela pirraça praticada pelo seu filho? Dá vontade de enterrar a cabeça no chão, né?

Vou falar aqui como estou tentando educar o João a arrumar a bagunça que ele faz…

O processo

Se tinha uma coisa que estava me incomodando era o fato do João nas aulas de música, não guardar os instrumentos musicais.

O professor sempre toca uma musiquinha para demonstrar que é a hora de guardar os instrumentos, mas o João além de não guardar ainda ficava bem irritado, querendo ficar com eles até o final da aula.

A caixa, que os instrumentos musicais são guardados

Parece bobeira, mas os especialistas dizem que o ato de guardar os instrumentos musicais, os brinquedos, arrumar a cama ou as roupas no armário faz com que as crianças desenvolvam um senso de autonomia, segurança e construam sua independência.

E na minha opinião é extremamente importante ensinar nossos filhos a guardarem o que desarrumaram. Mesmo que algumas pessoas tenham funcionários em casa para ajudar nas tarefas domésticas, esquivar a criança desta responsabilidade é permitir que elas pensem que sempre terão alguém para serví-los.

Infelizmente, o Brasil foi um país escravocrata por muito tempo, está na nossa história. Acho que por isso o brasileiro é tão dependente do empregado doméstico. Quando se tem a oportunidade de morar fora vemos que isso não existe.  Lá todo mundo cumpre as tarefas domésticas. No Japão, por exemplo, as crianças arrumam suas salas de aula na escola, o que está muito longe de acontecer aqui…

Apesar de ter funcionários em casa, acho importante ensinar certos princípios ao meu filho, como arrumar o que desarrumou, limpar o que sujou, cumprimentar as pessoas e se despedir quando chega ou sai de algum lugar, tratar o próximo com respeito etc.

Por essa razão, mesmo ele ainda sendo tão pequeno, uma luzinha começou a piscar em mim e decidi que iria mudar isso.

Obviamente é um processo que requer paciência e tem que vir de casa. Então, a primeira coisa que fiz foi tirar todos os brinquedos que ficavam espalhados no meu quarto.

O meu quarto é bem maior do que o do João e tem um tapete bem fofinho, por isso ficávamos brincando nele. Porém, não tinha uma caixa ou um armário para guardar os seus brinquedos. Quando acabava a brincadeira tudo continuava lá e eu ou a babá colocávamos junto à parede.

Acabei com isso! Tirei tudo do meu quarto, fiz uma mega arrumação no quarto do João e abri espaço no armário dele. Nas três últimas prateleiras, que são retrateis, coloquei os brinquedos. Na primeira os bichos de pelúcia, na segunda os brinquedos musicais e na terceira todo o resto. Ainda comprei duas prateleiras que coloquei na altura dele e nelas ficam todos os livros.

Desta forma, tudo tem o seu lugar e o mais importante, o lugar é o quarto dele! A “bagunça” é feita exclusivamente lá, no espaço dele.

E assim pacientemente quando a brincadeira tem que acabar, seja porque chegou a hora do almoço ou porque temos que sair, comecei a repetir incessantemente que estava na hora de guardar os brinquedos. Da mesma forma, toda vez que ele mexe nas gavetas tirando todos os objetos dela, digo que depois ele deve guardar.

E de repente (depois de repetir a mesma frase 1.552 vezes) numa aula de música ele guardou os instrumentos quando a professora pediu e eu fiquei com aquele ar de vitoriosa!!

Depois de 2 semanas nesse processo de conversa, ele começou a guardar os objetos tirados das gavetas em casa, mas confesso que com os brinquedos ainda está relutante… daqui a pouco chego lá!

Moral da história

E como sempre a moral da história é a mesma… Com amor, paciência e dedicação tudo vai se encaixando para criarmos futuros cidadãos conscientes.

Beijos!

 

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Carol Nazar é criadora do Carol Nazar Babies, onde compartilha suas experiências sobre maternidade.

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