Olá queridos leitores,
Fiquei um tempinho sem escrever porque vocês não fazem ideia de quantas mudanças aconteceram na minha vida de uma hora para outra! Vou contando aos poucos…
A primeira novidade é que resolvi ingressar numa nova graduação. Sim, agora que estou com 36 anos, 2 filhos e no meio de uma pandemia finalmente criei coragem para me inscrever no curso de Psicologia. kkk (cada K uma lágrima)
Desde o nascimento do João eu já não me sentia feliz com o direito e também com o modelo engessado de empresa. Para quem não sabe trabalhei anos como advogada tributária de uma multinacional de petróleo. Engravidei do João lá e a primeira coisa que meu chefe na ocasião me disse foi “parabéns, mas que pena que vai atrapalhar sua carreira”. Infelizmente regra do jogo corporativo.
Além do direito tributário não combinar muito com a minha personalidade altamente comunicativa, afinal meu trabalho era analisar papel, lei e passar o dia revezando meu olhar para a parede e o computador, eu detestava a falta de flexibilidade das empresas em geral.
Com o nascimento do João passei a estudar muito sobre desenvolvimento e educação infantil, fiz cursos de curta duração e a pós de Neurociências e comportamento da PUC. Mesmo com tudo isso não tinha certeza se queria realmente fazer uma faculdade. Depois de quase 5 anos finalmente me libertei dos meus medos e me inscrevi.
Ficava pensando “já tenho 36 anos, vou terminar a faculdade com 41!” Mas convenhamos que terei 41 anos de qualquer maneira daqui 5 anos kkk. E a escolha é minha se vou chegar com um diploma ou não. E me formando com 41 eu tenho mais 40 para exercer a nova profissão e é tempo isso, viu!!
Também tinha dúvida se valia a pena. Faculdade exige dedicação e o objetivo é para mudar ou complementar uma carreira. A gente não precisa fazer graduação de tudo que a gente gosta. Pra isso há inúmeros cursos para você fazer.
Talvez eu não precisasse ter esperado tanto tempo, mas como eu sempre acho que a gente está no lugar certo na hora certa, então esse é o momento ideal para minha história. Me sinto segura, confiante de começar uma nova carreira e com disponibilidade para assistir as aulas on-line (modalidade que a pandemia fez com que se tornasse obrigatória – tinha que ter uma vantagem para a mãe).
Se você está feliz com a sua carreira que bom! Se não está que tal dar a chance de mergulhar no seu autoconhecimento e perceber o que realmente você tem aptidão e desejo?
A vida é tão curta, tão rara e a gente demora tanto tempo para se entender que quando se entende é urgente fazer algo. Caso contrário, nos tornamos aquela pessoa amarga, que julga e fala mal de todo mundo, sabe? Se algo te incomoda comece a planejar, a pensar nas possibilidades.
Eu demorei, como relatei, quase 5 anos pensando! Sabia que não queria mais o direito, mas tinha muita insegurança. É difícil pra todo mundo, a gente não dá conta de tudo, mas precisa ser feito, porque é importante para gente se sentir bem, completa e principalmente se sentir útil nessa vida.
A tarefa mais difícil é rever os padrões, o “tem que ser assim”, preciso agradar x,y,z, eu devo isso a x,y,z. A gente deve consideração, reconhecimento e respeito, mas não devemos a nossa vida seja a quem for! As nossas escolhas devem ser nossas, pode ser duro ter que tomar as rédeas mas é necessário.
Vai ouvir piada? Risada? Menosprezo? Vai. Mas no fundo isso é só preocupação, medo da mudança, da instabilidade que as pessoas que nos amam tem em relação a nossa vida. E quem não nos ama, favor passar de fase e nem considerar, pelo amorrr. A gente precisa seguir os nossos desejos também. Quando você tiver 80 anos do que você vai se lamentar?
Então se conecte com você mesma, se analise, toma coragem e siga em frente! Do chão a gente não passa.
