Esse fim de semana o João quebrou o tampo de vidro da minha mesa de centro. Ele estava com raiva que não conseguia colocar a música para tocar, jogou o dispositivo e acabou quebrando o tampo.

Por mais que a gente fique chateada com o objeto quebrado, bater, castigar ou tentar reprimir a criança dizendo que está errado ela sentir o que sente não vai funcionar para educarmos.

João tem apenas 3 anos. Ele, como todos nós, sente todas as emoções: raiva, tristeza, alegria, medo etc. tentar reprimir essas emoções só vai fazer que ele não se conheça e seja no futuro um adulto reprimido. Porque deixar de sentir ele não vai.

Nesse momento por mais chateada e estressada que a gente fique é hora de ensinar como a criança deve lidar com a raiva e não dizer que ela não pode senti-la.

Qual a importância de gerenciar as emoções?

Inteligência emocional é o que diferenciará as pessoas no futuro. Saber o que se sente e conseguir gerenciar sendo uma pessoal mentalmente saudável é a chave para ser uma pessoa plena, além de certamente de sucesso no futuro.

Logo, precisamos ensinar nossos filhos a olhar para dentro e perceber suas emoções para que eles possam gerenciá-las e moldar seu comportamento. Porque entendam: emoção = comportamento. Ter raiva te faz ter um comportamento, ter alegria te faz ter outro comportamento.

Como ajudar meu filho?

Para uma criança primeiro de tudo é não reprimir, não abafar as emoções. Ensinar que é importante ela ter honestidade emocional. Não ter medo de expor o que sente. Não é errado ter raiva, não é errado ter medo, não é errado ter tristeza. Até porque são essas emoções que vão moldar nosso comportamento. Se você se sente ameaçado é bom sentir medo, vai fazer que você fuja daquela ameaça. Se um cachorro bravo latindo sedento para te pegar vai em direção a você, certamente você sairá correndo. Logo ter medo é uma questão de sobrevivência.

Sendo assim, agora que você já entendeu que não devemos ensinar as crianças a esconderem suas emoções e tão pouco menosprezá-las precisamos ensinar o que elas podem fazer nessas situações.

Primeiro a gente valida o sentimento. Eu entendi que você estava com raiva porque não conseguia ligar a música, mas quando você sentir isso você pode  socar o sofá, a almofada, gritar, correr, sair de cena e ir beber uma água, mas não jogar o aparelho porque a consequência foi quebrar a mesa e não queremos quebrar as coisas da casa e muito menos queremos que você se machuque. Não é legal a atitude de quebrar nossos pertences, mas é totalmente humano sentir raiva. 

Permita que a criança sinta, extravase, se conheça o suficiente para saber qual recurso a acalma e a retorna pro eixo, para depois tentar de novo ou pedir ajuda. Se não é fácil para nós adultos conhecer esses mecanismos de calma, imagina para uma criança que ainda nem tem o cérebro totalmente formado para isso!

Seja o adulto que guia, que ensina, que ajuda e não o que castiga e não mostra caminho nenhum.

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Carol Nazar é criadora do Carol Nazar Babies, onde compartilha suas experiências sobre maternidade.

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