Já passei por esse processo de adaptação com o João quando ele tinha 1 ano, na ocasião publiquei um post sobre o assunto clique aqui para ler. Confesso que naquela época foi bem mais fácil do que agora…

Talvez porque agora ele já entenda mais, porque mudamos de cidade, porque ele está numa escola grande, enfim motivos não faltam para tumultuar.

E eu como mãe também fiquei muito apreensiva e sofri certamente mais do que ele nesse furacão todo.

O que aprendi com tudo isso

Mas como nada é em vão algumas lições foram aprendidas depois que percebi que teria que mudar as minhas atitutes já que a adaptação não estava indo bem.

Agora as divido aqui com vocês.

Deixe a sua ansiedade de lado

A primeira é que a criança vive o agora, o momento presente. Quem se envenena de ansiedade somos nós adultos. Então entendi que no domingo não tinha necessidade de ficar falando que no dia seguinte  (a temida segunda-feira para grande maioria) ele iria para escola. Aproveitar aquele momento, a paz e a interação da família é o melhor a se fazer. Cada problema na sua vez. E sofrer por antecipação e passar isso para a criança não vai adiantar nada.

Narrar o que será feito

A segunda lição foi antes de sair de casa, já de manhã enquanto o João tomava café passei a narrar tudo de bom que ia acontecer na escola. Todos os atrativos de forma muito positiva, passar essa alegria a ele. Porque o fato é que ele gosta de estar na escola, sai feliz de lá.

Narrava os brinquedos, as atividades, as músicas que ele cantaria, ou seja, criar uma expectativa real que ele viveria um dia muito bom.

Interaja com seu filho no ambiente escolar

A terceira estratégia foi chegar mais cedo na escola ficar brincando no hall de entrada com os brinquedos da escola. Fiquei 20 minutos com ele, antes de entregá-lo para a professora na sala. Vi que com calma, brincando um pouco com ele no ambiente escolar ele passou a entrar melhor.

Conversar

Um dia saindo da escola, perguntei ao João porque ele chorava para entrar. Dei a direção da conversa, pois ele é muito pequeno ainda para responder sem opções. Perguntei se ele ficava triste. Ele disse que sim. Perguntei se ele sentia medo. Ele disse que não. Perguntei se ele ficava triste porque queria que eu ficasse com ele na escola. Ele respondeu que queria.

Diante dessa revelação expliquei que entedia que ele ficava triste mas que eu não posso ficar na escola com ele. Escola são para crianças, não há nenhuma mamãe lá e que eu também já tinha ido quando tinha a idade dele.

Finalizei dizendo que de qualquer forma eu sempre estava ali para buscá-lo e que depois brincaríamos só nós dois em casa.

Amor

A última ação foi antes de entregá-lo aos cuidados da professora dar um abraço bem apertado, um beijo, dizer que o amo e que de tarde estarei lá para buscá-lo.

Está sendo um processo no meu ponto de vista longo, mas sei que tem pessoas que demoram meses até a criança parar de chorar para entrar na sala.

O ponto principal aqui é ter muita paciência, empatia com o que ele está sentindo e saber esperar. Sei que daqui a pouco ele não terá essa necessidade que eu fique ao lado dele toda hora.

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Carol Nazar é criadora do Carol Nazar Babies, onde compartilha suas experiências sobre maternidade.

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