Esse final de semana, especificamente no último domingo, aconteceu uma situação inusitada comigo e que confirmou uma coisa muito importante que sempre ouvimos por aí: as crianças repetem o que os adultos fazem. Elas são reflexo das nossas atitudes com eles.

A cena

A cena foi a seguinte: estavámos eu e André num desses espaços para crianças brincarem dentro de shopping com o João.

Passou um tempo e uma criança, que aparentava ter uns 7 anos de idade, estava brincando nessas casinhas grandes de plástico que imitam castelo. O João entrou para brincar também, ela disse para ele sair. Mudei o foco do João e fomos brincar com outro brinquedo. Mas é claro que passado um tempo ele voltaria. Quando ela não estava na casinha ele entrou para brincar.

Ela entrou e exatamente como um adulto raivoso faz, disse para ele sair, que ele era uma criança insuportável e que ela estava muito irritada (nisso eu estava de longe olhando). Obviamente ele não saiu (até porque não deve ter entendido nada) e ela foi para bater nele.

Nesse momento eu fui ao encontro dos dois e disse que ela não poderia fazer isso, pois ele era um bebê, ela retrucou dizendo que estava muito nervosa.

Depois disso fomos embora.

Moral da história

O importante nessa história toda é perceber que essa criança está repetindo uma ação que provavelmente ela recebe dos pais ou cuidadores. Antes de a julgarmos como sem educação e chata, é preciso perceber que essas frases “criança insuportável” e “estou muito irritada” não são frases que saíriam da boca de uma criança de 7 anos, mas sim de um adulto.

Os filhos repetem nossas atitutes, se não damos exemplo de educação, serenidade, compaixão, empatia e principalmente auto-controle em casa eles não saberão como agir, ficam perdidos. E muitas vezes se tornam pessoas agressivas.

Por isso te pergunto: Qual forma você quer educar seu filho? Com agressividade ou firmeza e gentileza?

Tratar com gentileza não quer dizer não colocar limites. Temos e devemos ensinar limites aos nosso filhos, mas não é gritando ou xingando que faremos deles pessoas melhores.

Quando você humilha a criança e a coloca como foco do problema que na verdade é seu, pois você que não está tendo auto-controle para conduzir a situação, ela  vai acreditar que não é digna, que é uma pessoa ruim, que não serve para nada, que nao é capaz de fazer nada.

Não podemos exigir que nossas crianças tenham controle emocional e que não façam birras porque realmente elas não têm, são imaturas demais para isso. Quem tem que ter controle emocional somos nós adultos e principalmente precisamos saber lidar com a situação de estresse sem ocasionar no futuro um caos na personalidade do filho(a).

Como educar sem castigos e gritarias? Já falei diversas vezes aqui, aqui aqui.

Mesmo que você ache um mimimi danado essa coisa de não bater no seu filho para educar porque o seu filho é “terrível” e só assim que ele fica quieto, pense no adulto que ele vai se transformar. Vale o esforço! E por isso que disse esforço, perfeita nenhuma mãe é. Também perco a paciência (antes que você pense que isso não acontece aqui em casa).

Mas já me conscientizei que gritar ou agredir verbalmente não é a melhor forma de educar uma criança, por essa razão que tento todos os dias ser uma mãe melhor mudando minhas atitudes.

Que tal se aprofundar? Deixo aqui sugestões de pessoas que sigo nas redes sociais que me ajudam muito nessa tarefa. Lua Fonseca, Mariana Lacerda, Carolinie Figueiredo são algumas delas.

Beijos e até a próxima!

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Carol Nazar é criadora do Carol Nazar Babies, onde compartilha suas experiências sobre maternidade.

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