O que sempre me preocupou, antes mesmo de ser mãe era a responsabilidade de educar uma criança, dar limite. Como fazer? Como fazer respeitando os princípios que acredito, ou seja, educar com amor e respeito à criança.

Como dar limite sem ser uma histérica? Sem perder a paciência?

A psicologia infantil propõe uma solução (ufa!)

Cena clássica

Se tem uma promessa que fiz (e que não cuspi pro alto) foi de que não deixaria a minha casa um caos pela chegada de uma criança, por mais que ame muito meu filho, gosto do meu lar organizado, limpo e arrumado (pelo menos na maior parte do tempo kkk).

Então como ir dando os meus limites sem entrar num embate toda vez com o João? Porque é óbvio, que ele vai querer mexer em tudo, rabiscar a parede, jogar bola na sala e por aí vai…ele não é diferente de nenhuma criança.

Aprendi depois do estudo que exponho abaixo a não ficar numa guerra de cabo de aço com ele. Se ele quer brincar de bola dentro da sala não fico tentando convencê-lo dizendo “não” mil vezes, pois o que vai acontecer é que vamos ficar brigando, ele chutando a bola, eu dizendo que não pode, até que vou me aborrecer e tomar a bola dele. Ele vai chorar dizendo que quer a bola, eu vou dizer que já disse que não e aí o estresse está formado.

Solução 1: Mude o foco!

O que os especialistas recomendam é mudar o foco. Ao invés de falar que não pode brincar de bola na sala, vamos pegar a bola e brincar de bola na varanda por exemplo, pois ali é o lugar permitido.

Isto quer dizer que naturalmente e sem criar um ambiente estressante podemos dar limites. Não gritando mil vezes que ali ou com isso não pode, mas simplesmente não entrando em combate, mudando o foco, a brincadeira.

Comecei a agir assim com o João. Quando ele quer brincar com algo que não pode, como pegar algum enfeite da sala, eu pego outra coisa para brincarmos ou então mudo a brincadeira, geralmente brinco de esconder, que ele ama! Ou seja mudo o foco.

Eles assimilam e vão entendendo o que podem e o que não podem.

Solução 2: Diga o que pode.

Ao contrário do que muita gente pensa uma criança não é um mini adulto. A mensagem deve ser muito clara para o seu entendimento. Por isso, ao invés de dizermos o que eles não podem fazer vamos simplificar e dizer o que eles podem fazer.

Até porque, imagine que você é convidada para jantar com a rainha da Inglaterra (Deus me livre! Não tenho nem roupa pra isso)  provavelmente você não saberia com firmeza como se portar, o que deve fazer e como fazer neste jantar. Não fica muito mais fácil nos dizerem as regras permitidas? Se você só recebe a informação do que não pode, nunca vai saber o caminho certo ou como deve agir, vai sempre ser um jogo de tentativa e erro. Convenhamos que é muito mais confuso. Então falemos logo o que pode!

Se para gente é mais fácil assim, imagina para um bebê ou uma criança? Por isso, quando um bebê estiver tentando pintar a sua parede entregue um papel e diga que ali ele pode pintar. A informação vai ser muito mais clara.

Às vezes o NÃO bem alto sai em situações emergenciais, mas tem que ser a exceção e não a regra.

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Carol Nazar é criadora do Carol Nazar Babies, onde compartilha suas experiências sobre maternidade.

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