Preciso confessar que me senti um pouco pressionada em desfraldar o João na volta às aulas. Não que alguém especificamente tenha me pressionado, ou a escola ou soltado qualquer comentário! Nada disso. Pressão social mesmo…
Até eu que procuro educar com respeito meu filho, quando vi que a maioria dos amiguinhos tinham desfraldado nas férias me senti um pouco culpada por nem ter tentado.
Passou pela minha cabeça “Mas Carol você também nem tentou, né? Que mãe preguiçosa!”
Então, no final de semana seguinte decidi colocar o João de cueca e explicar para ele que de tempos em tempos ele faria xixi no sapinho (um mictório). Ele não gostou da ideia, então disse que ele regaria a plantinha que estava com sede (coitada da planta!) ele até gostou e ia sem muita resistência ao jardim “regar a plantinha”.
Passou alguns dias e nada tinha evoluído e ele reclamando de ficar sem fralda. Achei que fazia parte do processo.
Até que numa manhã que ele estava de fralda, porque tinha acabado de acordar, avisei que ia tirar para colocarmos a cueca. Ele saiu correndo, se escondeu debaixo da mesa do jantar e estava triste, com bico, cara de choro. Partiu na mesma hora meu coração.
Perguntei porquê ele estava triste. Ele respondeu que queria ficar de fraldinha (com uma vozinha baixinha)!
Falei que tudo bem, que ele ficaria então de fraldinha, não tinha problema nenhum em ficar com ela.
Se me senti culpada em fevereiro por não ter tentado o desfralde, me senti muito pior agora depois disso. Cedi à pressão social e não segui meu coração, pois no fundo sabia que ele ainda não dava sinais de que estava pronto.
Como tudo nessa vida tem solução morri com o assunto e estou observando, quando ele começar a dar sinais eu incentivo.
Sei que uma hora ele desfralda, até porque não conheço nem um executivo que use fraldas!
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